28 de set. de 2014

Resenha: Não se apega, não.


Autor : Isabela Freitas
Editora: Intrínseca
Paginas: 143
★★★★


  Desapegar - remover da sua vida tudo que torne o seu coração mais pesado. Loucos são os que mantêm relacionamentos ruins por medo da solidão. Qual é o problema de ficar sozinha? Que me desculpe o criador da frase "você deve encontrar a metade da sua laranja". Calma lá, amigo. Eu nem gosto de laranja. O amor vem pros distraídos.




  A blogueira Isabela Freitas escreveu o livro "Não se apega, não" , cuja protagonista também se chama Isabela Freitas. E as semelhanças não param por ai. Criadora e criatura têm a mesma idade, são sagitarianas e moram em Juiz de Fora, no interior de Minhas Gerais. Então como diferenciar uma da outra ?

A autora afirma que possui muitas das características da personagem, mas deixa claro que ela é apenas seu alter ego. " A Isabela do livro é o que eu queria ser", conta, acrescentando que a personagem é mais dramática e mais bem resolvida que sua criadora.

No livro, a personagem Isabela decide terminar um namoro de dois anos com o Gustavo. Por trás da aparência de casal perfeito, havia uma menina infeliz com o relacionamento e um rapaz egoísta e imaturo. Para ela, o rompimento e a consequente solteirice significam o início de uma jornada em busca do autoconhecimento. Mas, para quem sempre manteve relacionamentos sérios desde a adolescência, permanecer solteira pode ser um desafio.



Me identifiquei tanto com esse livro. Mesmo não tendo passado pelas mesmas situações da Isabela, já amei pessoas que eu não devia ter amado, já tive meu coração estilhaçado e amizades que não valiam um centavo. Me senti conversando com a Isa, escutando seus problemas e frustrações com relação ao amor e suas conclusões. 







25 de set. de 2014

Resenha: As vantagens de ser invisível



Autor: Stephen Chbosky
Editora: Rocco
Páginas: 223
★★★★

Mais íntimas do que um diário, as cartas de Charlie são estranhas e únicas, hilárias de devastadoras. Não se sabe aonde ele mora. Não se sabe para quem ele escreve. Tudo que se conhece é o mundo que ele compartilha com o leitor. Estar encurralado entre o desejo de viver a sua vida e fugir dela o coloca em um novo caminho através de um território inexplorado. Um mundo de primeiros encontros amorosos, dramas familiares e novos amigos. Um mundo de sexo, drogas e rock' n' roll, quando o que todo mundo quer é aquela música certa que provoca o impulso perfeito para se sentir infinito. 


Este é provavelmente um dos melhores livros que eu já li. O modo como Stephen se comunica com o leitor é extremamente interessante. Descobrimos a história por meio de cartas enviadas por Charlie para alguém, mas o destinatário nunca é mencionado. Eu gosto de acreditar que seja para cada um dos leitores.

Charlie é um garoto que está chegando ao primeiro ano do ensino médio sozinho, após a morte de seu melhor amigo, e tenta sobreviver às situações que lhe são apresentadas. No entanto, o autor não pinta a realidade da maneira clichê que lemos em vários livros por ai. Ele parece entender que nem sempre as coisas vão ser fáceis, que os sentimentos nem sempre são recíprocos e que um final feliz não se dá 
 só por um casal apaixonado que vence as dificuldade para estar junto. 

As vantagens de ser invisível trata de vários temas relacionados à juventude, como primeiros amores, amigos novos, drogas e até mesmo depressão. 




Além disso, o livro conta uma playlist fantástica, cita vários livros bons e recebeu uma adaptação cinematográfica em 2012, tendo no elenco atores como Logan Lerman, Ezra Miller, Emma Watson e Nina Dobrev. 

A sensação ao terminar de ler é quase indescritível. Como se fosse uma mistura de vazio com uma vontade de viver dentro do livro pra sempre. Mas tudo isso de uma maneira boa. É por essas e outras que este livro nos proporcionam experiências únicas que, na minha opinião, todo mundo deveria experimentar pelo menos uma vez na vida.